Representantes da região reforçam pedido para antecipar duplicação da RSC-287; Estado diz que dará resposta em dezembro

19/11/2025 12:33
Atualizado em: 19/11/2025 17:08

Foto: Samuel Marques (prefeitura de Santa Maria)

Uma comitiva de Santa Maria esteve reunida nesta quarta-feira (19), em Porto Alegre, com o secretário estadual de Reconstrução, Pedro Capeluppi, para defender a antecipação da duplicação da RSC-287, no trecho entre Santa Maria e Novo Cabrais, principalmente da Base Aérea até a Quarta Colônia. Formado por representantes do Executivo, Legislativo e entidades empresariais, o grupo apresentou um documento com dados sobre o tráfego na rodovia. Em resposta, o governo disse que analisará o material e dará um retorno em 18 de dezembro – data em que devem vir a Santa Maria para uma nova reunião.

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Segundo o prefeito de Santa Maria, Rodrigo Decimo (PSD), o documento apresenta o aumento expressivo do volume médio diário de tráfego na rodovia desde o estudo que embasou a concessão. O crescimento, afirma ele, reforça a necessidade de acelerar o cronograma da duplicação dos trechos rurais, originalmente previsto para ocorrer entre 2040 e 2042 entre Santa Maria e Novo Cabrais.

– Trouxemos informações concretas que justificam essa solicitação. A Região Central teve um incremento significativo de tráfego, e isso precisa ser considerado. O secretário recebeu o material, vai analisar com a equipe técnica e nos dará um retorno no dia 18 de dezembro – afirmou o prefeito.

A expectativa, agora, conforme o presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), Andrei Lacerda, é pela nova reunião que acontecerá em Santa Maria na segunda quinzena de dezembro:

– Nunca vi tantas pessoas juntas em prol da região, e vi também que a região está engajada no processo. Então, no que depender da Cacism, nós vamos recebê-los no dia 18 com todas as lideranças. Então, está evoluindo.

Possível execução por etapas

Ainda de acordo com o prefeito, Capeluppi indicou, durante o encontro, a possibilidade da duplicação ser realizada por etapas. Ou seja, iniciar no trecho entre Santa Maria e o Trevo do Santuário e, depois, avançar até Novos Cabrais. A definição, no entanto, depende da avaliação técnica da secretaria e da concessionária Rota de Santa Maria. A partir dessa conversa, o prefeito disse acreditar que há “esperança real” de uma sinalização positiva:

– O secretário reconheceu a pertinência da demanda. Em dezembro, teremos uma posição mais clara e definitiva sobre o que é possível fazer e qual o calendário viável - disse Decimo.

Quem também participou do encontro em Porto Alegre foram os vereadores que compõem a Frente Parlamentar para tratar do tema na Câmara de Santa Maria, entre eles, Sidi Cardoso (PT). O parlamentar comentou sobre o saldo da reunião:

– A partir da análise, ele vai nos apresentar, por exemplo: “Ah, pode antecipar, mas pode ter aumento de tarifa; pode antecipar, mas tem que haver aporte do governo do Estado; pode fazer a parte urbana, que é 1,5 km, do aeroporto até a Base Aérea, que já está no contrato e tem que ser feita.” Então, ele pode anunciar, no dia 18, que no início de 2026 vai fazer a travessia urbana da RSC-287. Isso é possível.

A comitiva também cobrou atualização sobre a duplicação do trecho urbano da RSC-287, entre o trevo do Aeroporto e a Base Aérea, cerca de 1,5 km, que tinha previsão de conclusão até agosto de 2025. As enchentes de 2023 e 2024, segundo o Estado, atrasaram o cronograma. O governo prometeu apresentar em dezembro um novo panorama sobre esse segmento.

Situação da ponte na RSC-287 e o repasse do Funrigs

O possível atraso na obra da nova ponte da RSC-287 também entrou na pauta. A Rota de Santa Maria afirma aguardar o repasse de R$ 110 milhões do Fundo de Reconstrução do Rio Grande do Sul (Funrigs) que foi aprovado pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs). O valor é para cobrir investimentos adicionais para as Obras de Resiliência. Ou seja, obras extras e melhorias na rodovia para ela ficar mais resistente a futuras enchentes.

O prefeito afirmou que, sobre o tema, a Secretaria da Reconstrução sinalizou que o governo trabalha para liberar os recursos:

– O secretário relatou que a Agergs já autorizou o uso dos recursos do Funrigs. Na próxima semana, haverá reunião do conselho gestor do Fundo da Reconstrução para formalizar a transferência. A expectativa é que, cumpridos os trâmites na Fazenda e na Procuradoria-Geral do Estado, a Rota de Santa Maria receba a primeira parcela e possa seguir com a obra, já adaptada para resistir a eventos climáticos extremos.

Representantes da região reforçam pedido para antecipar duplicação da RSC-287; Estado diz que dará resposta em dezembro

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